Ansiedade: o que seu corpo está tentando dizer?
Ansiedade: o que seu corpo está tentando dizer?
A ansiedade é uma resposta natural do corpo diante de situações de perigo, incerteza ou estresse. Em níveis moderados, ela pode ser útil, funcionando como um sinal de alerta que nos prepara para agir. No entanto, quando se torna constante, intensa ou desproporcional aos estímulos do dia a dia, a ansiedade, quando excessiva, perde sua função de alerta e passa a comprometer a saúde mental, resultando em sofrimento psíquico.
É importante diferenciar a ansiedade normal da ansiedade patológica. Na ansiedade patológica, com intensidade e duração prolongadas, pode ser nomeada o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), uma condição marcada por preocupações persistentes e excessivas que interferem significativamente na vida cotidiana. As causas da ansiedade patológica envolvem tanto fatores externos quanto conflitos psíquicos, que são tratados com um psicólogo.
Na psicologia, a ansiedade é estudada sob diferentes perspectivas: biológica, comportamental, cognitiva, subjetiva e emocional. Cada abordagem busca entender como como as experiências de vida, os sentimentos guardados e os modos de se relacionar com os outros participam da produção e repetição da ansiedade.
Nem sempre é fácil perceber quando a ansiedade passou do ponto. Às vezes, ela aparece disfarçada num aperto no peito que não passa, num sono que não vem ou em excesso, numa irritação que parece sem motivo. Outras vezes, surge em forma de pensamento acelerado, preocupação constante, medo do que ainda nem aconteceu.
Além dos sintomas emocionais, a ansiedade pode se manifestar por meio de sintomas físicos, como tensão muscular, respiração curta, palpitações e sensação de aperto no peito, indicando o impacto do sofrimento psíquico no corpo.
Na visão da psicanálise, a ansiedade é mais do que um simples “nervosismo”. Ela pode ser o sinal de que algo dentro de nós está em conflito. Um desejo que não pode ser vivido, uma angústia que não encontra palavras, uma história que insiste em se repetir.
Identificar a ansiedade, portanto, não é só prestar atenção aos sintomas no corpo ou na mente, mas escutar o que eles podem estar querendo dizer. É perceber quando o mal-estar escapa do controle, quando o futuro parece sempre ameaçador e quando o presente se torna difícil de habitar.
Ela pode se manifestar como:
• dificuldade de concentração;
• tensão muscular e respiração curta;
• pensamentos obsessivos;
• sensação de vazio ou inquietação constante;
• medo de perder o controle;
• necessidade de controle excessivo sobre as situações.
A psicanálise não oferece fórmulas prontas. Em vez disso, propõe uma escuta atenta para construção de sentido do que incomoda. Ao invés de silenciar o sintoma, a ideia é compreendê-lo: o que essa ansiedade está tentando dizer? De onde ela vem? O que ela repete?
Mais do que eliminar o incômodo, o processo analítico busca dar um sentido à experiência. Porque, às vezes, é justamente aquilo que incomoda que pode abrir caminhos para uma nova forma de existir.
A ansiedade, muitas vezes vista apenas como um sintoma incômodo, pode ser compreendida como um sinal do inconsciente que revela conflitos internos, abrindo caminho para que a pessoa possa elaborar seu próprio sentido sobre o que vivencia.
A psicanálise convida a um outro tempo: o tempo da escuta e da elaboração. Falar sobre ansiedade é fundamental para reduzir o estigma e incentivar a busca por ajuda e qualidade de vida.
1. O que é ansiedade?
Ansiedade é uma resposta natural do corpo diante de situações percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras. Ela pode ajudar na preparação para agir, mas quando excessiva, pode causar sofrimento psíquico.
2. Como diferenciar ansiedade normal da ansiedade patológica?
A ansiedade normal surge em momentos específicos e tem função adaptativa. A ansiedade patológica é constante, intensa e desproporcional, prejudicando a vida da pessoa.
3. O que é Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)?
TAG é uma condição em que a pessoa sente ansiedade persistente e excessiva na maior parte do tempo, sem uma causa específica clara, afetando várias áreas da vida.
4. Quais são os sintomas físicos da ansiedade?
Podem incluir: tensão muscular, respiração curta ou ofegante, palpitações, sudorese, dores no corpo e sensação de aperto no peito.
5. Como a psicanálise entende a ansiedade?
Na psicanálise, a ansiedade é vista como um sinal do inconsciente, indicando conflitos psíquicos que o sujeito precisa elaborar para encontrar sentido em sua experiência.
6. Como é feito o manejo da ansiedade?
O manejo inclui acolhimento, escuta qualificada e construção de sentido sobre o que a ansiedade está comunicando, geralmente no processo analítico ou em outras formas de psicoterapia.
7. Quais as causas da ansiedade?
As causas são multifatoriais, incluindo fatores biológicos, experiências emocionais, padrões relacionais e conflitos psíquicos inconscientes.
8. Qual o impacto da ansiedade na vida da pessoa?
A ansiedade excessiva pode afetar a qualidade de vida, prejudicando o sono, as relações, o trabalho e o bem-estar geral.
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